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Prazer em tê-lo aqui. Este blog foi criado para refletir, expor, descrever e avaliar a ação da Igreja nos temas da responsabilidade social e a evangelização na igreja de hoje, usando como pano de fundo os princípios de Lausanne (1974). É nosso alvo expressar em palavras e ações o lema do Pacto de Lausanne do evangelho para todo homem e para o homem todo.
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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008


Neste dia as crianças receberam ensino sobre as expressões do amor. As figuras no quadro ilustram o empenho de professoras dedicadas e engajadas com a missão da Igreja.

Pb Valter Gomes, (um dos fundadores) e Renata na distribuição do lanche.

PROPÓSITO DO PACTO DE LAUSANNE
Foi exposto em termos de declaração feita na época do evento: "Nós, membros da Igreja de Jesus Cristo, procedentes de mais de 150 nações, participantes do Congresso Internacional de Evangelização Mundial, em Lausanne, louvamos a Deus por sua grande salvação, e regozijamo-nos com a comunhão que, por graça dele mesmo, podemos ter com ele e uns com os outros. Estamos profundamente tocados pelo que Deus vem fazendo em nossos dias, movidos ao arrependimento por nossos fracassos e desafiados pela tarefa inacabada da evangelização. Acreditamos que o evangelho são as boas novas de Deus para todo o mundo e, por sua graça, decidimo-nos a obedecer ao mandamento de Cristo de proclamá-lo a toda a humanidade e fazer discípulos de todas as nações. Desejamos, portanto, reafirmar a nossa fé e a nossa resolução, e tornar público o nosso pacto". (Declaração feita entre os dias 16 a 25 de julho de 1974, em Lausanne, Suíça). (FONTE: Livro: John Stott Comenta o Pacto de Lausanne, ABU 1983, 61p).
  • O ESPÍRITO DE LAUSANNE
Se resume em alguns pontos:
  1. Sentimo-nos profundamente tocados pelo que Deus está fazendo em nossos dias.
  2. Ficamos profundamente arrependidos pelo fracasso evangelístico da Igreja mundial moderna.
  3. Por isso, somos desafiados à tarefa inacabada da evangelização, e este desafio não pode cair no esquecimento.

DESENVOLVA A CONSCIÊNCIA DA MISSÃO
Em João 17. 11 Jesus diz: "Já não estou no mundo, mas eles continuam no mundo [grifos meus], ao passo que eu vou para junto de ti. Pai santo, guarda-os em teu nome, que me deste, para que eles sejam um, assim como nós". E em João 17. 18 Jesus diz: "Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo" [grifos meus].
À luz destes textos, qual a missão da Igreja?
Percebemos dois princípios nas palavras de Cristo:
1. A Igreja está no mundo (v.11); 2. A Igreja é enviada ao mundo (v. 18).
Qual é nossa missão?
Deve-se destacar que toda postura que se propõe evangelizadora, mas que destoa do que Jesus ensinou deve sofrer rejeição, sem peso de consciência. É necessário que se destaque este princípio porque tendemos a inventar um grande pacote, colocando qualquer coisa dentro e, ao final chamamos isso de evangelização. Por definição bíblica, evangelização não é qualquer coisa. Então precisamos seguir o modelo de Cristo, o Senhor da Igreja e do cosmos:
Qual sua missão?
1. Jesus veio para servir (Mc 10. 45).
O alcance da obra evangelística da Igreja, depende de sua ação altruísta. Conscientes de que as duas coisas são distintas, ou seja, evangelização não é ação social; bem como ação social não é evangelização. Entretanto, a prática da igreja, deste os tempos do cristianismo insipiente mostra cristalinamente que as duas ações se complementam de tal forma que não podem se separar. Nosso maior paradigma é Jesus. Podendo comunicar a redenção ao mundo caído espiritualmente sem uso de meios, ainda assim, teve compaixão da pessoa humana vivendo num contexto histórico de plena pobreza. Ou seja, Jesus valorizou o homem na sua plenitude, com carências sociais, emocionais; além das necesidades espirituais. O serviço da Igreja é sua credencial para uma aproximação social bem sucedida. Não temos como evidenciar o valor do evangelho, senão com uma postura de igualdade e identificação com a dor, sentimento, carência e pecado do próximo. Obviamente, não defendemos boas obras como elemento de troca no sentido soteriológico, mas claramente facilitamos a comunicação e, por conseguinte, a aproximação evangelística, se estamos prontos a nos igualar com pessoas que não partilham a mesma fé que nós. É até mesmo questionável usar o termo "nos igualar", posto que, não fora a graça redentora, nenhum de nós teria o status espiritual que adquirimos, uma vez feitos filhos de Deus. É preciso salientar que, à medida que entendermos o modo do operar da graça, estaremos preparados para a identificação com crianças, adolescentes e jovens vivendo em áreas de risco social. A graça opera por mediação da palavra inspirada. Então, não se pode esperar qualquer mudança espiritual e social, se primeiramente o evangelho não for anunciado. É evidente que os incompetentes de plantão tem sempre a desculpa: Num mundo globalizado, onde a comunicação é cada vez mais tecnológica, será que eles nunca ouviram o evangelho? Querido irmãozinho, eles já ouviram o Evangelho, assim como já sabem muito sobre espiritismo, catolicismo romano, TJs, etc., mas a diferença marcante da obra que acompanha a letra, eles nunca viram ou sentiram. Por que dizer-se cristão é, farisaicamente, mais fácil do que praticar o cristianismo. Repito: A evidência prática do poder do evangelho se prova com ação (ou serviço), testemunho e vida. Se não estou disposto a cumprir a missão. Se não sou capaz de aplicar a simplicidade do evangelho interagindo com o próximo (veja: a lei levítica diz o próximo, Lv 19. 18. E Marcos diz que este é o segundo dos mais importantes mandamento Mc 12. 31, cf. Mt 19. 19); se não sou capaz de caminhar a segunda milha, Mt 5. 42; meu dever de consciência é questionar a autenticidade de meu cristianismo. Não do cristianismo em si, mas de minha visão referente ao seu alcance.

2. Jesus veio testemunhar (Jo 18. 37)
O poder deste testemunho é simbolizado por algumas metáforas muito fortes no todo da Escritura:
a. "fogo" (Jr 23. 29); b. "martelo" (Ef. 6. 17); c. "espada" - com poder para discernir as intenções da razão mais interior (Hb 4. 12); d. "semente" (1 Pe 1. 23; Tg 1. 21).
O testemunho aponta para o conteúdo e método da evangelização porque testemunhamos o poder de Deus manifestado na pessoa de seu filho, ressuscitado dentro os mortos, plenificando seu plano redentor.
Assim como foi a temática corajosa da Igreja nos seus primeiros cem anos de sua existência. Muitos se tornaram mártir porque estavam prontos a morrer por Cristo. Não morreram por uma causa, mas por causa de Cristo. Não defendemos um produto de mercado que, por causa da macificação da propaganda acabou persuadindo e inclinando a consciência coletiva ao seu consumo. Pelo contrário, dogmatizamos o poder do Evangelho como o canalizador da graça que, por sua natureza, é única na transformação espiritual que primeiramente e, secundariamente (e tão importante quanto) social e culturalmente, já o cristianismo é a religião da alma, da mente e das emoções. Ou seja, o avengelho é a resposta para o dramas espirituais, sociais e emocionais porque vive o homem de hoje. Portanto, testemunhamos o evangelho como a verade que se tornou presente em nós e que, por esta razão, ampliamos a mensagem com a ética, a mente e a ação prática.

3. Jesus viu a evangelização como sendo a prática da expansão do reino (Mt 6. 10, 33; 13. 31, 32)
Alcançamos horizontalmente todas as nações, à medida que pregamos.
4. Paulo viu a evangelização como sendo a prática da edificação do reino (Ef 4. 11-16)
Abrangendo a profundidade da expansão do reino, porque a evangelização não acontece de mente vazia.
5. Notamos a obra da evangelização como cumprimento do propósito de glorificação do nome de Deus (Sl 115. 1; Ef 1. 6, 12, 14).
Abrangendo o propósito último da atuação do homem redimido: "Gozar a Deus e glorificá-lo para sempre".
Concluindo: Temos cumprido a missão da Igreja?
Para debater: Lamentavelmente, freqüentente partimos para dois extremos prejudiciais:
1. Conformidade (quando somos influenciados pelo mundo à nossa volta a ponto de nos misturarmos e adotarmos práticas de vida pagãos - Rm 12. 1-2).
2. Afastamento (perdemos a identidade cristã quando evitamos qualquer contato com o mundo. Nos isolamos por nossa própria culpa - Leia e reflita: Jo 17. 15; 1 Co 5. 10).
Como evitar os extremos?
A única maneira é o engajamento consciente. À medida que vivemos no mundo, influenciamos através de uma mente sadia, ética que reflete o reino e com o evangelho na sua integralidade.
Questionário:
1. Ler Jo 17. 9-19 e fazer um resumo, de acordo com o ensinamento de Cristo que aí se encontra, das relações do cristão com o mundo.
2. A palavra mais exata para descrever a relação da sua igreja com o mundo seria: "Conformidade", "Afastamento" ou "missão"? (Trecho adaptado de: John Stott Comenta o Pacto de Lausanne, ABU, 1983, p. 14).